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Subsistema de entrada e saída (E/S)



Objetivos e funções

O subsistema de entrada e saída (E/S) tem por função interligar o mundo exterior (o nosso mundo) ao mundo interior (processador-memória). Os dispositivos de entrada e saída também são chamados periféricos, pois estão na periferia do núcleo processador/memória principal.



São funções do subsistema de E/S:



Receber ou enviar informações do/para o meio exterior.. Converter as informações (de entrada ou de saída) em uma forma inteligível para a máquina (se estiver recebendo) ou para o operador (estar enviando). Dispositivo e interface Todo componente de E/S é constituído de 2 partes: O dispositivo propriamente dito; um componente denominado interface. Vejamos alguns exemplos: Exemplo Monitor de vídeo (dispositivo) e placa de vídeo (interface); disco magnético (composto pelo dispositivo hard disk e pelo controlador ou interface). Agora, vejamos como o subsistema de E/S se comunica dentro de um sistema de computação a partir do esquema a seguir:


Interface ou controlador serve para compatibilizar as diferentes características entre o processador/memória e o dispositivo que controla, bem como controlar o funcionamento do referido dispositivo.

Exemplo Uma placa de vídeo é interface do monitor, assim como a placa controladora de um HD. Confira um esquema visual da localização do controlador:


A necessidade do emprego de interfaces tem origem em diversos fatores:
Cada dispositivo possui suas próprias características. Exemplo: velocidade de transferência de dados, quantidade de bits enviados em cada instante, formato do dado a ser transferido etc.
As atividades de E/S são assíncronas, isto é, não são sincronizadas pelos pulsos do relógio interno. Nunca se sabe quando uma tecla será pressionada no teclado, nem quando termina o movimento de braço de leitura e gravação dentro de um disco rígido. Há necessidade de um acordo para a comunicação fluir corretamente.
Podem ocorrer ruídos e outras interferências, pois os fios externos (geralmente cabos) têm comprimento apreciável. Em relação aos dispositivos de E/S devemos ressaltar que cada um possui suas próprias características. Veja melhor na imagem a seguir:


Disco magnético

Funcionamento básico do disco magnético




Um disco magnético é composto por um prato circular construído de material não magnético, chamado substrato, revestido com um material magnetizável.

Os dados são gravados e posteriormente recuperados do disco por meio de uma bobina condutora chamada cabeça. Em muitos sistemas, existem duas cabeças, uma de leitura e uma de gravação. Durante uma operação de leitura ou gravação, o cabeçote fica parado enquanto o prato gira embaixo dele.


A organização dos dados no prato é feita em um conjunto concêntrico de anéis, chamados trilhas. As trilhas adjacentes são separadas por intervalos. Isso impede ou minimiza erros devido ao desalinhamento da cabeça ou simplesmente interferência de campos magnéticos.

Atenção!

Os dados são transferidos para o disco em setores. Normalmente, existem centenas de setores por faixa, e estes podem ter comprimento fixo ou variável.

Algumas unidades de disco acomodam vários pratos empilhados verticalmente com uma fração de polegada de distância. Os discos de múltiplos pratos empregam uma cabeça móvel, com uma cabeça de leitura e gravação por superfície do prato.

Todas as cabeças são fixadas mecanicamente, para que todas fiquem à mesma distância do centro do disco e se movam juntas. Assim, a qualquer momento, todas as cabeças são posicionadas sobre trilhos que estão a uma distância igual do centro do disco. O conjunto de todas as faixas na mesma posição relativa no prato é chamado de cilindro.

Confira alguns dos elementos da estrutura de um disco magnético:


Nos primeiros sistemas de computação, a CPU e os periféricos se comunicavam por instruções de E/S executadas pelo próprio processador. Essas instruções continham detalhes específicos de cada periférico, por exemplo, em qual trilha e em qual setor de um disco deveria ser lido ou gravado um bloco de dados. Existia uma forte dependência entre processador e dispositivos de E/S.

Com o surgimento do controlador ou interface, estes passaram a agir independentemente dos dispositivos. Uma técnica de ação se chama E/S controlada por programa, no qual o processador fica ocupado até o término da operação de E/S. Outra técnica é denominada E/S controlada por interrupção, na qual o processador permanece livre para processar outras tarefas.

A técnica de E/S controlada por interrupção é bem eficiente, porém, na ocorrência da transferência de um grande volume de dados, o processador tem que intervir mais vezes. A solução adotada para isso veio na forma da técnica conhecida como DMA (Direct Access Memory).

Saiba mais

No DMA, um bloco de dados pode ser transferido entre memória principal e dispositivos de E/S sem a intervenção do processador, exceto no início e no final da transferência.

Driver de dispositivo



Cada dispositivo de E/S ligado ao computador precisa de algum código específico do dispositivo para controlá-los. A esse código dá-se o nome de driver de dispositivo.

Exemplo A


Um driver de disco deve saber sobre setores, trilhas, cilindros, cabeçotes, movimento do braço etc.

Exemplo B



Um driver de mouse deve aceitar informações dizendo o quanto se moveu e qual botão foi pressionado. Os dispositivos podem transmitir dados em grupos de bits (paralela) ou bit por bit em série (ou serial):

Transmissão paralela


Na transmissão paralela, um grupo de bits é transmitido de cada vez, cada um sendo enviado por uma linha separada de transmissão.

Transmissão serial



Na transmissão serial, o periférico é conectado ao dispositivo controlador por uma única linha de transmissão de dados, um bit de cada vez.

A transmissão em série utiliza menos condutores e, por isso, tem menor custo que a paralela. A transmissão paralela foi usada muito tempo para conexão de periféricos (vídeo, impressoras etc.) ao processador/memória. No entanto, ela possui um problema chamado deslizamento (em altas taxas). Isso significa que, se houver um mínimo atraso em qualquer um dos sinais enviados simultaneamente pelas várias linhas, o receptor não captará o dado. Hoje em dia a maioria das transmissões paralelas foram substituídas por serial, tais como USB, SATA etc. A transmissão paralela é usada apenas nas conexões internas do processador e placas-mãe para a ligação entre processador, cache e memória principal.


Dispositivos de entrada e saída

Sistema Operacional

Definição



Um sistema operacional (SO) é um conjunto de rotinas, assim como um programa, porém funciona de maneira diferente de programas tradicionais, atuando como intermediário entre o usuário e o hardware de um computador, tornando sua utilização mais simples, rápida e segura.

Desse modo, o sistema operacional é:



O único programa executado em modo núcleo (kernel), possuindo acesso completo ao hardware e execução de qualquer instrução possível.
Um programa de controle que comanda a execução dos programas do usuário e as operações dos dispositivos de E/S.
Um gerenciador de recursos (hardware) que dirige e aloca as partes de todo um sistema complexo.
O computador pode ser compreendido como uma máquina de níveis ou máquina de camadas, onde existem inicialmente duas camadas:

Hardware



É a camada física, refere-se aos componentes físicos, tais como placas, fios, componentes eletrônicos.

Software

É a camada lógica, refere-se a todas as abstrações do sistema de computação, tais como aplicativos e seus dados.

O usuário interage diretamente com o sistema operacional, como se o hardware não existisse. Diz-se, então, que a visão do usuário é modular e abstrata. Na verdade, não existem somente duas camadas, mas tantas quantas forem necessárias.

Nos primeiros computadores, a programação era feita através de painéis, tinha-se um maior conhecimento do hardware, porém a complexidade era muito grande.

O hardware em si deve ter pouca utilidade para o usuário, já o software permite oferecer melhor os serviços, e isso foi uma das motivações para o surgimento do Sistema Operacional.

Os usuários são as pessoas, máquinas, outros computadores. Os aplicativos definem as maneiras como os recursos são usados, para resolver os problemas de computação dos usuários. O sistema operacional controla e coordena o uso do hardware entre os vários programas de aplicação, para os diversos usuários. O hardware fornece recursos básicos de computação CPU, memória, dispositivos de E/S.


Tipos de sistemas operacionais



Os sistemas operacionais podem ser enquadrados nos seguintes tipos:


Sistemas monoprogramáveis/monotarefas


O processador, memória e periféricos permanecem dedicados exclusivamente à execução de somente um programa. Um exemplo é o MS-DOS.

Sistemas multiprogramáveis/multitarefas


Os recursos computacionais são compartilhados entre os diversos usuários e aplicações. Exemplos são Windows, Linux, macOS.

Sistemas com múltiplos processadores


Possuem duas ou mais UCPs (CPUs) interligadas e trabalhando em conjunto. Sistemas como Linux e Windows oferecem esse suporte.

Vantagens de sistemas com múltiplos processadores:
Escalabilidade

Disponibilidade

Balanceamento de carga

Sistemas multiprogramáveis / multitarefas


Sistemas batch

Processam tarefas de rotina sem a presença interativa do usuário. Exemplo: Processamento de apólices de companhia de seguro; relatório de vendas de uma cadeia de lojas.

Sistemas de tempo compartilhado