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Linux











A história do Linux





 Vamos falar sobre distribuição Linux, também conhecida como distro Linux, é uma versão específica do sistema operacional Linux que consiste no kernel do Linux combinado com aplicativos e ferramentas de software adicionais. O objetivo de uma distribuição Linux é fornecer aos usuários um sistema operacional completo e funcional, com suporte a hardware, aplicativos e recursos adicionais.

 Uma distribuição Linux geralmente inclui o kernel Linux, que é o núcleo do sistema operacional, responsável por fornecer serviços de baixo nível e gerenciar os recursos do hardware. Além do kernel, a distribuição também pode incluir um ambiente de desktop (como GNOME, KDE, Xfce), gerenciador de janelas, utilitários de linha de comando, compiladores, bibliotecas, drivers de dispositivo, aplicativos de escritório, navegadores da web, reprodutores de mídia e muito mais.

 Existem centenas de distribuições Linux disponíveis, cada uma com suas características, objetivos e filosofias específicas. Algumas das distribuições Linux mais conhecidas são o Ubuntu, Fedora, Debian, CentOS, Arch Linux, openSUSE, entre outras. Cada distribuição tem sua própria comunidade de desenvolvedores e usuários que trabalham juntos para fornecer suporte, atualizações e melhorias contínuas.

 As distribuições Linux são geralmente gratuitas e de código aberto, o que significa que os usuários têm a liberdade de usar, modificar e distribuir o software. Essa natureza aberta e flexível é uma das razões pelas quais o Linux se tornou popular em uma ampla variedade de contextos, desde desktops pessoais até servidores de alto desempenho e dispositivos embarcados.

Lançamento das distros Linux




1 Debian:

 O Debian foi criado por um grupo de entusiastas e desenvolvedores de software liderados por Ian Murdock. Ian Murdock iniciou o projeto Debian em agosto de 1993 enquanto era estudante na Universidade Purdue, nos Estados Unidos. Ele propôs a criação de uma distribuição Linux que fosse desenvolvida de forma aberta e colaborativa, seguindo os princípios do Software Livre.
 O nome "Debian" é uma combinação dos nomes de Ian Murdock e de sua então esposa, Debra. O projeto rapidamente ganhou apoio da comunidade Linux e cresceu em tamanho e popularidade ao longo dos anos.
 Hoje em dia, o projeto Debian continua a ser desenvolvido por uma comunidade global de voluntários, que trabalham em conjunto para criar e manter uma das distribuições Linux mais populares e respeitadas. A equipe do Debian é conhecida por sua dedicação aos princípios do Software Livre, pela qualidade do sistema e pela sua ampla disponibilidade de pacotes de software.
 O objetivo do Debian era criar uma distribuição estável, confiável e gratuita, baseada em um processo de desenvolvimento transparente e voltada para as necessidades dos usuários. A equipe do Debian adotou um conjunto de princípios conhecido como "Contrato Social do Debian" e as "Diretrizes de Software Livre do Debian", que definem os valores e os objetivos do projeto. A primeira versão estável do Debian, conhecida como Debian 1.1, foi lançada em junho de 1996.
Ao longo dos anos, várias versões do Debian foram lançadas, incluindo o Debian 2.2 "Potato" em agosto de 2000, o Debian 3.0 "Woody" em julho de 2002 e o Debian 4.0 "Etch" em abril de 2007.
A versão estável mais recente é o Debian 11 "Bullseye", lançado em agosto de 2021.


2 Ubuntu:

 A primeira versão do Ubuntu, chamada Ubuntu 4.10 "Warty Warthog", foi lançada em outubro de 2004.
Desde então, o Ubuntu adotou um cronograma de lançamento regular, com versões lançadas a cada seis meses. Além disso, a cada dois anos, uma versão de longo prazo (LTS) é lançada, recebendo suporte estendido.
As versões LTS mais recentes incluem o Ubuntu 18.04 LTS "Bionic Beaver" em abril de 2018 e o Ubuntu 20.04 LTS "Focal Fossa" em abril de 2020.
 O Linux Ubuntu foi criado por um empresário sul-africano chamado Mark Shuttleworth. Ele fundou a empresa Canonical Ltd. em 2004 e lançou a primeira versão do Ubuntu em outubro do mesmo ano.
 Mark Shuttleworth teve a visão de criar uma distribuição Linux baseada no Debian, que fosse fácil de usar e acessível a um amplo público. Seu objetivo era oferecer uma alternativa amigável e de alta qualidade para os sistemas operacionais existentes.
 O nome "Ubuntu" tem suas raízes na língua zulu, comumente falada na África do Sul, e significa "humanidade para com os outros". O conceito central do Ubuntu é baseado em valores como cooperação, comunidade e compartilhamento, refletindo a filosofia de software livre e de código aberto.
 Desde o lançamento inicial, o Ubuntu ganhou popularidade e se tornou uma das distribuições Linux mais amplamente utilizadas, especialmente em ambientes de desktop. O Ubuntu adotou um cronograma de lançamento regular, com versões principais lançadas a cada seis meses e versões de longo prazo (LTS) lançadas a cada dois anos, fornecendo suporte estendido.
Mark Shuttleworth e a equipe da Canonical continuam liderando o desenvolvimento do Ubuntu, trabalhando em estreita colaboração com uma comunidade global de desenvolvedores e entusiastas do Linux para aprimorar e expandir a distribuição.


Fedora:

 A primeira versão do Fedora, conhecida como Fedora Core 1, foi lançada em novembro de 2003. O Fedora é um projeto patrocinado pela Red Hat e serve como base para o desenvolvimento do Red Hat Enterprise Linux (RHEL). Versões subsequentes do Fedora foram lançadas regularmente, geralmente a cada seis meses. Algumas versões notáveis incluem o Fedora 8 em novembro de 2007, o Fedora 16 em novembro de 2011 e o Fedora 33 em outubro de 2020.
O Fedora Linux não foi inventado por uma única pessoa, mas sim é um projeto desenvolvido pela comunidade e patrocinado pela empresa Red Hat. A Red Hat é uma empresa de software conhecida por suas soluções corporativas baseadas em Linux, e o Fedora é a distribuição de código aberto da Red Hat que serve como base para o desenvolvimento do seu sistema operacional comercial, o Red Hat Enterprise Linux (RHEL).
O projeto Fedora foi lançado em 2003, sendo uma continuação do antigo projeto Red Hat Linux. Ele foi concebido com o objetivo de fornecer uma distribuição Linux gratuita e de ponta, com foco em inovação, tecnologias recentes e colaboração da comunidade. Através do Fedora, a Red Hat visa promover o desenvolvimento e o avanço do software livre e do código aberto.
A comunidade do Fedora é composta por desenvolvedores, engenheiros, entusiastas do Linux e outros colaboradores de todo o mundo. Esses indivíduos trabalham juntos para criar e aprimorar o Fedora, oferecendo suporte a uma ampla gama de recursos, desde ambientes de desktop até servidores e soluções para desenvolvedores.
Embora o Fedora seja desenvolvido pela comunidade, a Red Hat desempenha um papel fundamental no patrocínio e suporte ao projeto. A empresa colabora com a comunidade Fedora e utiliza a experiência e os recursos adquiridos através do desenvolvimento do Fedora para aprimorar e lançar o Red Hat Enterprise Linux, uma versão comercial voltada para ambientes corporativos e com suporte a longo prazo.


CentOS:

O CentOS é uma distribuição Linux de código aberto baseada no código-fonte do Red Hat Enterprise Linux (RHEL). A primeira versão do CentOS, o CentOS 2, foi lançada em maio de 2004. O CentOS segue o ciclo de lançamento do RHEL, fornecendo versões estáveis com suporte a longo prazo. A versão mais recente é o CentOS 8, lançada em setembro de 2019. No entanto, é importante notar que, em dezembro de 2020, a equipe do CentOS anunciou uma mudança significativa no projeto, com foco em fornecer suporte apenas para a versão RHEL gratuita chamada CentOS Stream.
O CentOS (Community Enterprise Operating System) é um projeto que não foi inventado por uma única pessoa, mas sim é baseado no código-fonte do Red Hat Enterprise Linux (RHEL) e é mantido por uma comunidade de desenvolvedores. O CentOS foi criado com base no modelo de distribuição do Red Hat Linux, que era uma distribuição Linux comercial desenvolvida pela empresa Red Hat. O objetivo do CentOS é fornecer uma alternativa de código aberto ao RHEL, oferecendo um sistema operacional estável, seguro e compatível com o RHEL, mas sem o suporte comercial oferecido pela Red Hat. O processo de desenvolvimento do CentOS envolve a reconstrução do código-fonte do RHEL, removendo as marcas comerciais e substituindo-as pelas marcas CentOS. A equipe do CentOS trabalha em colaboração com a comunidade de desenvolvedores e usuários para manter e atualizar a distribuição, fornecendo correções de segurança, atualizações de pacotes e outros aprimoramentos. Embora o CentOS seja um projeto de código aberto mantido pela comunidade, a Red Hat desempenha um papel importante na sua criação e manutenção. A empresa Red Hat disponibiliza o código-fonte do RHEL para a comunidade CentOS, fornecendo uma base sólida para a construção do CentOS. É importante mencionar que, em dezembro de 2020, a equipe do CentOS anunciou uma mudança significativa no projeto. Eles passaram a focar no desenvolvimento e suporte apenas para a versão RHEL gratuita chamada CentOS Stream, deixando de fornecer versões estáveis de longo prazo do CentOS baseadas no RHEL.


Red Hat Linux

O projeto Red Hat Linux começou no início da década de 1990. Foi fundado por Bob Young e Marc Ewing. Em 1993, a Red Hat Software foi oficialmente fundada por Bob Young, com o objetivo de desenvolver e comercializar uma distribuição Linux baseada em software livre e de código aberto. A primeira versão do Red Hat Linux, chamada de Red Hat Linux 1.0, foi lançada em novembro de 1994. Naquela época, o Red Hat Linux era uma distribuição pioneira e se destacou por fornecer um sistema operacional Linux fácil de instalar e usar, com suporte a hardware e pacotes de software adicionais. Ao longo dos anos, o Red Hat Linux passou por várias versões e atualizações, ganhando popularidade e se estabelecendo como uma das principais distribuições Linux. A Red Hat Software evoluiu para se tornar a Red Hat, Inc., uma empresa líder no mercado de software corporativo de código aberto. Com o tempo, a Red Hat decidiu focar seus esforços no desenvolvimento de uma versão comercial de sua distribuição, conhecida como Red Hat Enterprise Linux (RHEL), que oferece suporte e recursos adicionais voltados para ambientes corporativos. O RHEL continua a ser desenvolvido e comercializado pela Red Hat, enquanto o projeto de código aberto CentOS é baseado em seu código-fonte e mantido pela comunidade.

Onde se aplica o Linux atualmente?

O Linux é amplamente utilizado no mercado de TI atualmente em várias áreas e para diferentes finalidades. Aqui estão algumas das principais áreas em que o Linux é usado:

1. Servidores: O Linux é uma escolha popular para servidores devido à sua estabilidade, segurança e flexibilidade. Ele é usado em servidores web, servidores de banco de dados, servidores de arquivos, servidores de email, servidores de aplicativos e muito mais.

2. Computação em nuvem: Grandes provedores de nuvem, como Amazon Web Services (AWS), Google Cloud Platform (GCP) e Microsoft Azure, oferecem serviços baseados em Linux. O Linux é usado como sistema operacional subjacente para hospedar e gerenciar instâncias de máquinas virtuais e contêineres.

3. Desenvolvimento de software: O Linux é uma plataforma popular para desenvolvedores de software. Muitas ferramentas e ambientes de desenvolvimento, como a linha de comando Bash, compiladores, bibliotecas e frameworks, são amplamente suportados no Linux. Além disso, muitos servidores de aplicativos e ambientes de desenvolvimento integrados (IDEs) são desenvolvidos especificamente para o Linux.

4. Dispositivos embarcados e Internet das Coisas (IoT): O Linux é usado em uma ampla variedade de dispositivos embarcados, como roteadores, sistemas de vigilância, câmeras de segurança, dispositivos médicos, sistemas de entretenimento doméstico e muito mais. Sua flexibilidade e capacidade de personalização o tornam uma escolha popular para esses dispositivos.

5. Android: O sistema operacional Android é baseado no kernel do Linux. Como o Android é amplamente adotado em smartphones, tablets e outros dispositivos móveis, o Linux desempenha um papel importante nesse mercado.

6. Supercomputadores: Muitos dos principais supercomputadores do mundo executam distribuições Linux. Sistemas como o Linux fornecem escalabilidade, desempenho e controle necessários para lidar com as cargas de trabalho intensivas de supercomputação. Esses são apenas alguns exemplos das muitas áreas em que o Linux é usado atualmente no mercado de TI. Sua natureza de código aberto e a disponibilidade de diversas distribuições permitem uma ampla adoção em diferentes setores e aplicações.



Qual a distribuição Linux mais usada?

1. Ubuntu: O Ubuntu é uma distribuição Linux baseada no Debian e é conhecida por sua facilidade de uso e interface amigável. É frequentemente considerada uma das distribuições mais populares para uso doméstico e também é amplamente utilizada em ambientes empresariais.

2. CentOS: O CentOS é uma distribuição Linux de código aberto baseada no Red Hat Enterprise Linux (RHEL). É conhecida por sua estabilidade e é amplamente utilizada em servidores e ambientes de negócios.

3. Debian: O Debian é uma das distribuições Linux mais antigas e estabelecidas. É conhecida por sua estabilidade, segurança e por ser uma distribuição altamente personalizável. Muitas outras distribuições, incluindo o Ubuntu, são baseadas no Debian.

4. Fedora: O Fedora é uma distribuição Linux patrocinada pela Red Hat e é conhecida por suas atualizações frequentes e recursos de ponta. É popular entre os desenvolvedores e entusiastas de tecnologia.

5. Arch Linux: O Arch Linux é uma distribuição Linux voltada para usuários avançados que preferem um sistema altamente personalizável. É conhecido por sua simplicidade e por permitir aos usuários construir seu próprio ambiente de trabalho personalizado.

É importante lembrar que a popularidade das distribuições Linux pode mudar ao longo do tempo, e diferentes distribuições podem ser mais populares em diferentes contextos. Além disso, o Linux também é usado em muitos dispositivos incorporados e sistemas especializados, onde as distribuições podem ser adaptadas para atender a requisitos específicos.

Entendendo a estrutura de diretórios

A estrutura de diretórios do Linux Ubuntu segue o padrão do Filesystem Hierarchy Standard (FHS), que é uma convenção adotada pela maioria das distribuições Linux. Aqui está uma visão geral dos diretórios mais importantes e suas finalidades:

- **/bin**: Contém comandos essenciais do sistema, disponíveis para todos os usuários.
- **/boot**: Armazena arquivos relacionados ao processo de inicialização do sistema, como o kernel e arquivos de configuração do bootloader.
- **/dev**: Contém arquivos especiais que representam dispositivos físicos ou virtuais, como discos rígidos, partições, terminais, impressoras, etc.
- **/etc**: Armazena arquivos de configuração do sistema e dos aplicativos instalados.
- **/home**: Diretório dos usuários, onde cada usuário tem um subdiretório com seu nome de usuário para armazenar seus arquivos pessoais.
- **/lib**: Bibliotecas compartilhadas necessárias para o funcionamento dos programas do sistema.
- **/media**: Ponto de montagem para dispositivos de armazenamento removíveis, como pendrives, CDs e DVDs.
- **/mnt**: Diretório usado como ponto de montagem temporário para sistemas de arquivos adicionais.
- **/opt**: Localização para instalação de software de terceiros (opcional).
- **/proc**: Sistema de arquivos virtual que contém informações sobre os processos em execução e configurações do kernel.
- **/root**: Diretório home do usuário root (administrador do sistema).
- **/run**: Arquivos temporários e informações de estado de serviços em execução desde a última inicialização.
- **/sbin**: Contém comandos do sistema usados para tarefas de administração, disponíveis apenas para o usuário root.
- **/srv**: Diretório que armazena dados específicos do serviço fornecido pelo sistema.
- **/tmp**: Local para arquivos temporários criados pelos usuários e aplicativos.
- **/usr**: Contém os componentes do sistema que não são essenciais para o boot, como bibliotecas, cabeçalhos, programas e documentação.
- **/var**: Contém arquivos variáveis, como logs, bancos de dados, spool de e-mail, cache, entre outros.

Essa é apenas uma visão geral dos principais diretórios. Cada um deles possui subdiretórios específicos com finalidades mais detalhadas. É importante ressaltar que algumas distribuições Linux podem ter variações na estrutura de diretórios, mas o padrão FHS é amplamente seguido.

O que é o SHELL?

No contexto do Linux, o Shell refere-se ao programa de linha de comando ou ambiente de linha de comando, que permite aos usuários interagirem com o sistema operacional por meio de comandos de texto. É uma interface de usuário textual que aceita comandos digitados pelo usuário e os executa para interagir com o sistema operacional. O Shell no Linux é responsável por interpretar os comandos inseridos pelo usuário e iniciar os programas correspondentes. Ele fornece uma maneira de executar tarefas no sistema operacional, como manipulação de arquivos, gerenciamento de processos, configuração de sistemas e muito mais. O Shell também permite a automatização de tarefas por meio de scripts de shell, que são programas escritos em uma linguagem de script específica do Shell. Existem vários tipos de Shell disponíveis no Linux, incluindo o Bash (Bourne Again SHell), que é o Shell padrão em muitas distribuições Linux. Outros exemplos incluem o C Shell (csh), o Korn Shell (ksh), o Z Shell (zsh) e o Fish Shell (fish). Cada Shell tem suas próprias características e sintaxe, embora muitos comandos e conceitos básicos sejam semelhantes. O Shell desempenha um papel fundamental no sistema operacional Linux, permitindo que os usuários controlem e personalizem o ambiente de acordo com suas necessidades e executem uma ampla variedade de tarefas por meio de comandos de texto.